Cultura Livre

Cultura livre 

A cultura livre funciona em dois planos complementares:

  • Um plano artístico, que defende as liberdades fundamentais do público e procura alternativas à forma protecionista como é regulada a propriedade intelectual. É, assim, um movimento para facilitar o acesso à informação e promover a interação entre produtores de cultura, favorecendo um ambiente propício para o desenvolvimento e a inovação.

  • Um plano comportamental, que integra as relações econômicas e sociais aplicadas ao conhecimento. Esta tendência comportamental é encontrada em modelos de gestão, relações de consumo, estilos de vida colaborativos e outras interações sustentáveis.


Esta ideia tem suas origens no movimento de software livre. Richard Stallman, criador dos conceitos de software livre e copyleft,  já defendia o livre compartilhamento de informação desde a década de 70. Ele é famoso pela frase “free software means free as in ‘free speech’, not ‘free beer’”.

O advogado Lawrence Lessig se inspirou em Stallman para escrever um livro chamado "Free Culture" e é um dos grandes protagonistas desta corrente. Seu site Creative Commons fornece licenças que permitem ao autor compartilhar suas obras de acordo com o grau de liberdade desejado. Isto não significa abrir mão da propriedade intelectual, mas flexibilizá-la, priorizando a sua função social.

São as "licenças abertas", alternativas ao modelo de registro tradicional, que mantêm os direitos autorais em parte, mas permitem ao público maior acesso e/ou interação com as obras criativas. A utilização destas licenças abertas vem aumentando, face ao crescimento de criadores e inovadores que exercem atividades produtivas sem intermediários.





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